O retorno e o pranto da Faxineira de Ilusões

Ana Virgínia Santiago
Divulgação

A Mulher viu quando  a Faxineira de Ilusões chegou  em nossa aldeia.

Depois de tanto tempo hibernando, para curar ( ou tentar?) a alma macerada, Ela parou na praça e observou o movimento das pessoas, num ir e vir de qualquer lugar.

Aquela  mulher, que sentiu tanta saudade da Faxineira foi ao seu encontro e quis saber o motivo de ausência tão longa. Aguardou e ouviu:

Voltei para enfrentar meus medos e minhas tormentas, amparada na fé que sempre me acalentou e me guia.

 Precisava retornar e (re) aprender  a limpar as traições, os atos indignos, as ações desumanas e, assim,  poder respirar.  Que aprendizagem!

Retornei e ainda choro o meu pranto de dor e saudade de alguns afins, que não estão mais perto de mim (e, como  precisei quando hibernava!), mas voltando renascida pelos abraços fortes do amor e da amizade.  Braços abertos leais e queridos.

Hoje, reaprendi a cantar, mesmo que entoando um canto triste.

Estou de volta à minha aldeia...

Observo o meu porto, o meu chão existencial.  O meu porto que me deu âncoras afetivas eternas e sempre me ampararam e, mesmo quando estive distante, colocaram a minha dor no colo. Por causa delas, resisti às tempestades que destruíram meu castelo vivencial. Por causa delas aprendi que este porto me ensinou tantas coisas e esclareceu ao meu coração a vantagem de se ser verdadeira, de abraçar atitudes dignas e não soltá-las nunca mais, pois as  quedas acontecem, todavia, não encontram respaldo para permanecerem caídas...

Fecho os olhos na tentativa de abstrair o que me sufocou e continuar o enfrentamento de tudo que me fez tanto mal.

Busco no pensamento as minhas recordações que me deram estrutura para vencer obstáculos e banir os percalços que me chegaram, por construir na alma, personagens que nunca existiram, apenas no meu coração.   

Entoo este canto que é pranto meu. Num ato desesperado de amor por mim mesma, como aprendiz de Fênix, fortaleço minha voz e canto.

Ainda muito triste, vejo-me nesta aldeia tão amada, que  me deu os alicerces vitais e  gritou para mim , num gesto apaziguador,  a necessidade da transmutação .

Canto o pranto todo meu, porque é preciso renascer. Porque a emoção e as dores anímicas alojadas em mim, não são hipócritas  e não se deixam fingir que está tudo bem. O tempo varrerá.

Meu canto é parido de lágrimas e dores, repito. É feito de surpresas angustiantes e peito rasgado pela traição. Ele foi criado pela maldade, pela farsa e pelo desamor, devastando tudo que receberam por mãos e braços abertos ao amor.

Meu canto é a minha força. É a minha couraça de aço, diante das armas que tentaram calar os timoneiros (minha conduta moral e meus pensamentos) invioláveis que habitam no meu coração. As armas que tentaram impedir-me de viver e bloquearam os meus olhos para as belezas que me sustentavam, porém não conseguiram.

Preciso descansar, porque justamente quando deveria ser o tempo da tranquilidade, das ondas leves e doces brisas, meu ser atônito se viu  diante de terremotos e precisou correr, voar, voar... até chegar à aldeia. Venci, apesar de tão cansada.

Daí cantar o pranto meu, num ato de libertação e desafiante destemor, que  está fortalecido por minh’alma livre. Das rasteiras, dos espantos, das palavras duras.

Como Faxineira, tenho a missão de mostrar não só a beleza que é a vida limpa, sem as amarras da irresponsabilidade, da prepotência e da vaidade, do desconhecimento do dever e dos afetos esquecidos, contudo, também, preciso expor escancaradamente  a transparência de reconhecimentos e sentimentos que enchem nossa alma de prazer, porque eu sempre assim vivi. Serena, sincera nos sentimentos, verdadeira nos passos dados, amparada por amigos,muitos amigos, muitos queridos.

Voltei à minha aldeia. Com prazer e ânsia de reconhecer cada canto na minha aldeia que deixei por um tempo., despejando  no porto os planos que afundaram por tantas ausências de algum comandado.

Votei, inteira, com cicatrizes n’alma ,mas dialogando com meu coração indagador, que me instiga a olhar com firmeza tudo que de mim se aproxima.

Canto um canto triste. Ainda.

A Mulher viu quando  a Faxineira de Ilusões chegou  em nossa aldeia.

Depois de tanto tempo hibernando, para curar ( ou tentar?) a alma macerada, Ela parou na praça e observou o movimento das pessoas, num ir e vir de qualquer lugar.

Aquela  mulher, que sentiu tanta saudade da Faxineira foi ao seu encontro e quis saber o motivo de ausência tão longa. Aguardou e ouviu:

Voltei para enfrentar meus medos e minhas tormentas, amparada na fé que sempre me acalentou e me guia.

 Precisava retornar e (re) aprender  a limpar as traições, os atos indignos, as ações desumanas e, assim,  poder respirar.  Que aprendizagem!

Retornei e ainda choro o meu pranto de dor e saudade de alguns afins, que não estão mais perto de mim (e, como  precisei quando hibernava!), mas voltando renascida pelos abraços fortes do amor e da amizade.  Braços abertos leais e queridos.

Hoje, reaprendi a cantar, mesmo que entoando um canto triste.

Estou de volta à minha aldeia...

Observo o meu porto, o meu chão existencial.  O meu porto que me deu âncoras afetivas eternas e sempre me ampararam e, mesmo quando estive distante, colocaram a minha dor no colo. Por causa delas, resisti às tempestades que destruíram meu castelo vivencial. Por causa delas aprendi que este porto me ensinou tantas coisas e esclareceu ao meu coração a vantagem de se ser verdadeira, de abraçar atitudes dignas e não soltá-las nunca mais, pois as  quedas acontecem, todavia, não encontram respaldo para permanecerem caídas...

Fecho os olhos na tentativa de abstrair o que me sufocou e continuar o enfrentamento de tudo que me fez tanto mal.

Busco no pensamento as minhas recordações que me deram estrutura para vencer obstáculos e banir os percalços que me chegaram, por construir na alma, personagens que nunca existiram, apenas no meu coração.   

Entoo este canto que é pranto meu. Num ato desesperado de amor por mim mesma, como aprendiz de Fênix, fortaleço minha voz e canto.

Ainda muito triste, vejo-me nesta aldeia tão amada, que  me deu os alicerces vitais e  gritou para mim , num gesto apaziguador,  a necessidade da transmutação .

Canto o pranto todo meu, porque é preciso renascer. Porque a emoção e as dores anímicas alojadas em mim, não são hipócritas  e não se deixam fingir que está tudo bem. O tempo varrerá.

Meu canto é parido de lágrimas e dores, repito. É feito de surpresas angustiantes e peito rasgado pela traição. Ele foi criado pela maldade, pela farsa e pelo desamor, devastando tudo que receberam por mãos e braços abertos ao amor.

Meu canto é a minha força. É a minha couraça de aço, diante das armas que tentaram calar os timoneiros (minha conduta moral e meus pensamentos) invioláveis que habitam no meu coração. As armas que tentaram impedir-me de viver e bloquearam os meus olhos para as belezas que me sustentavam, porém não conseguiram.

Preciso descansar, porque justamente quando deveria ser o tempo da tranquilidade, das ondas leves e doces brisas, meu ser atônito se viu  diante de terremotos e precisou correr, voar, voar... até chegar à aldeia. Venci, apesar de tão cansada.

Daí cantar o pranto meu, num ato de libertação e desafiante destemor, que  está fortalecido por minh’alma livre. Das rasteiras, dos espantos, das palavras duras.

Como Faxineira, tenho a missão de mostrar não só a beleza que é a vida limpa, sem as amarras da irresponsabilidade, da prepotência e da vaidade, do desconhecimento do dever e dos afetos esquecidos, contudo, também, preciso expor escancaradamente  a transparência de reconhecimentos e sentimentos que enchem nossa alma de prazer, porque eu sempre assim vivi. Serena, sincera nos sentimentos, verdadeira nos passos dados, amparada por amigos,muitos amigos, muitos queridos.

Voltei à minha aldeia. Com prazer e ânsia de reconhecer cada canto na minha aldeia que deixei por um tempo., despejando  no porto os planos que afundaram por tantas ausências de algum comandado.

Votei, inteira, com cicatrizes n’alma ,mas dialogando com meu coração indagador, que me instiga a olhar com firmeza tudo que de mim se aproxima.

Canto um canto triste. Ainda.